domingo, 19 de julho de 2009

Vitaliciedade e Hereditariedade

Muitas pessoas concordam totalmente ou parcialmente sobre alguns pontos que permeiam um monarca, e que são somente possíveis de ser conseguidos com um cargo hereditário e vitalício. Más muitas pessoas discordam ou tem dúvidas a respeito dessas características fundamentais que não são encontradas com frequencia em repúblicas num caso especial na república Brasileira. Irei tratar de duas características fundamentais de um monarca ou de uma monarquia. A vitaliciedade do cargo e a hereditariedade do mesmo.

Muitas pessoas dizem não querer ou não confiar em uma monarquia, justamente pela vitaliciedade do cargo do monarca, dizem quase sempre a seguinte frase: "Eu acho que uma pessoa que fica muito tempo no poder, sempre vai querer mais e uma hora ela pode se tornar autoritária." Certamente dizem isso por causa de nossa esperiência republicana marcada por líderes carismáticos que contam com o apoio do povo e depois acabam controlando o poder de forma quase absoluta, ou por causa dos inúmeros regimes ditatoriais que a república nos deixou.

A várias vantagens na vitaliciedade do cargo do monarca. Sendo o cargo vitalício o monarca tem uma esperiencia e conhecimento político, econômico e cultural à cerca do país que dificilmente um político teria. O monarca com essa esperiencia de vida dedicada a representação da nação perante o país e o estrangeiro, pode ajudar mais facilmente e com mais autoridade os governos que se formam durante o seu reinado a integrarem-se e ligarem de certa forma os projetos de cada governo, facilitando a sua condução a longo prazo e acabando com a política do "super-político" que a cada eleição resolverá problemas que levariam uns 20 anos para se concertar em apenas 4 (educação pública por exemplo). Portanto o monarca serve como um elo que liga os diversos governos em prol das gerações que se formam durante seu reinado. Ainda por ser vitalício tem a vantagem estratégica de no campo das relações diplomáticas internacionais, manter contato e conhecer vários assuntos e segredos diplomáticos de várias nações isso pode ser útil para o desenvolvimento de qualquer país.

Quanto a hereditariedade é também de vital importancia, pois com isso o futuro monarca participa da esperiencia política do país de maneira que sua esperiencia política também é grande. Como o cargo passa de uma pessoa para outra dentro de uma mesma família, ou seja, de geração em geração há ai uma singularidade que cada vez é menosprezada e esquecida no mundo contemporâneo; a conciliação entre a tradição de cada povo e nação com o advento do novo, do moderno e do "global". O futuro monarca desde seu nacimento vem sendo educado e preparado para o exercício de suas funções, sua educação é tratada como assunto de estado e não como algo que dêva ser decidido pela família reinante. Com esse élo familiar entre gerações entre novas realidades mundiais e nacionais a instituição que é a monarquia pode conciliar esses planos do antigo e do novo sem prejuiso para nenhum destes como ocorre, no Reino Unido, no Japão e diversas outras nações monárquicas.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Baile na Ilha Fiscal

Este testo foi retirado do Blogue, Monarquia X República. Foi escrito por João Paulo Martino.

ESCLARECENDO FATOS

Outra fanfarronada que os republicanos adoram espalhar por ai, é que no Império havia grandes despesas com festas suntuosas e gastos desnecessários com luxos e riquezas.
Particularmente o império brasileiro era bastante parcimonioso no tocante a grandes festas oficiais. Consta-se que D. Pedro II tenha oferecido três grandes festas em sua vida: a de sua aclamação, a de seu casamento e a da ilha fiscal. Esse baile da Ilha fiscal foi usado ad nauseam pelos republicanos como exemplo de esbajamentos do período imperial.
A chegada ao Rio de Janeiro de um navio da Marinha chilena, o encouraçado Almirante Cochrane, ensejou diversas solenidades para homenagear a oficialidade chilena. Estavam em jogo importantes interesses diplomáticos.
O Chile vencera o Peru e a Bolívia na guerra do Pacífico (1879-83), anexando o deserto do Atacama, rico em depósitos de nitratos. Esta política de expansão chilena vinha sendo duramente contestada pela Argentina, que por sua vez tencionava alargar suas fronteiras do lado brasileiro, reivindicando a posse da região de Palmas, no oeste do Paraná e Santa Catarina.
Assim,os oficiais chilenos serviam de pretexto para o governo imperial passar um recado ao governo argentino, de que a aproximação entre o Brasil e o Chile, representava uma nova composição de forças entre os paises sul americanos.
As homenagens teriam seu ponto alto em um baile na ilha fiscal programado para o dia 19 de outubro de 1889. Com a morte de D. Luís I, rei de Portugal, o baile foi adiado para o dia 9 de novembro. Calcula-se que quatro mil pessoas circularam pelos seis salões de dança, decorados com flores, onde se sobressaiam as cores das bandeiras do Brasil e do Chile.
O bufê, encomendado à tradicional Confeitaria Paschoal, na rua do Ouvidor, ocupava um pavilhão especial. Estava disposto em duas mesas enormes, com peças inteiras de caça e pesca. A festa só terminaria as cinco da manhã com uma grande queima de fogos.
Os republicanos não se cansam de explorar a suntuosidade do baile da ilha fiscal, e tomam-no como exemplo do desperdício e suntuosidades do império. Fazem crer que o comedido D. Pedro II fosse como um Luiz XIV, e que o Paço de São Cristóvão fosse uma Versalhes nos trópicos.
E por que tanta mentira ? Para que tentavam distorcer os fatos?
Não vemos outra explicação, que não a de encobrir seus próprios excessos. Tinham este defeito nefasto de jogar todos os defeitos e vícios nas costas dos outros. Eles não, eram puros e imaculados, e seus ideais estavam acima do bem e do mal. Será?