9. E se o Imperador for corrupto?
O Monarca dificilmente se corromperá, pela lógica simples de seu cargo: ele é vitalício, portanto o Imperador só irá embora quando morrer. E é hereditário, o que significa que durante o seu reinado ele precisa obter o respeito do povo, até mesmo para garantir a sucessão, pois um ato ilícito, dependendo das proporções, pode derrubar toda a Dinastia, ou até mesmo a Monarquia.
Nas monarquias parlamentaristas, para se substituir um Monarca não há a necessidade de revoluções e derramamento de sangue, como já aconteceu tantas vezes na História. Isso ocorria por serem monarquias absolutistas.
Nas modernas monarquias, os atos da Família reinante são controlados pelo Senado. Só é preciso que o Parlamento ou Senado delibere, e invalide o Monarca por incapacidade moral, mental ou física. Assim, a Chefia de Estado passa ao regente, até que o herdeiro assuma o trono.
Entretanto, a própria Dinastia sabe que a Chefia de Estado é um poder concedido pelo povo, em confiança, e cuida para merecer sempre essa confiança. A maior garantia da imparcialidade e da respeitabilidade do Imperador é o seu preparo desde a infância, sob as vistas de toda a Nação, totalmente independente de grupos financeiros e políticos, e totalmente comprometido com o Povo.
10. Quais as funções de um Imperador?
O Monarca não legisla e nem exerce o poder executivo, mas tem atribuições importantíssimas. O Imperador é o Chefe de Estado, e seu trabalho é semelhante ao de um Juiz. Ele tem a imparcialidade necessária para aprovar ou vetar projetos de leis, caso esses sejam inconstitucionais ou tragam prejuízo ao povo. Resolve impasses entre os poderes destituindo o governo ou dissolvendo o Parlamento mediante convocação de novas eleições, nos termos da Constituição, nomeia juízes, função que exige os mais altos critérios e imparcialidade. Todas essas funções variam conforme o país e são previstas na Constituição. E todas elas exigem um grande preparo, conhecimento dos problemas nacionais, amor incondicional à Pátria, e uma preparação desde a infância para o exercício desse serviço à Nação.
11. Os monarquistas pregam o Direito Divino dos Reis?
A Monarquia, como forma de governo que atravessa os séculos, teve fases em que foi Teocrática e Absolutista. Em certos momentos históricos, certamente existiu a crença no direito Divino dos Reis, mas no momento histórico atual, o que defendemos é a Monarquia Parlamentarista, alicerçada sobretudo na tradição histórica. O Brasil é um país com uma riqueza cultural fantástica, e uma grande diversidade religiosa. O Imperador deverá representar a totalidade da Nação, mesmo que, em caráter pessoal, professe sua própria Religião. A crença ou a descrença no direito divino dos Reis, como todas as coisas de âmbito religioso, é estritamente pessoal. A proposta dos monarquistas é exclusivamente política.
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